quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Pimenta Comari-Passarinho - Capsicum praetermissum.




Pimenta Comari-Passarinho (Capsicum praetermissum) frutificando em vaso.



A Pimenta CUMARI-PASSARINHO (Capsicum praetermissum) é natural do Brasil. O seu nome popular (pimenta de passarinho) vem da forma com que essa planta se dissemina, pois os frutos dessa pimenteira são muito atrativos a várias espécies de aves, que depois de comerem os frutos maduros acabam espalhando as sementes em seus dejetos.

Já a palavra ‘cumari” deriva do Tupi, e quer dizer “o prazer do gosto”, em referência ao uso que os índios faziam dela como tempero.

A forma espontânea era a mais comum de disseminação e as pimenteiras eram encontradas dispersas em cafezais, pomares, pastos e quintais, onde eram colhidas para consumo.
A Pimenteira Comari Passarinho acabou perdendo seu espaço natural devido a monocultura, mecanização e declínio da população de aves disseminadoras.
Hoje a planta está limitada ao espaço dos pequenos agricultores e a fragmentos remanescentes de sua área natural de ocorrência, regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Existem relatos de várias subespécies de Capsicum praetermissum e estou buscando informações mais concretas para uma eventual descrição.

Características da Espécie:

A planta é um arbusto com porte variável entre 40 centímetros a 2 metros, folhas pequenas com cobertura aveludada (também aveludadas partes do caule).
As flores são grandes proporcionalmente se comparadas a outras plantas do gênero Capsicum (Pimentas), trazendo colorido marcante de tom roxo nas pétalas, amarelo intenso na parte central e com anteras espessas na cor branca.
Os frutos iniciam sua formação na cor verde, passando a verde bem escura no crescimento e atingindo sua maturação na cor vermelho intenso. O fruto geralmente é globoso (redondo) com tamanho entre 3 e 7 milímetros, não sendo raro encontrá-los com um formato mais alongado e chegando a 10 milímetros. Cada fruto pode ter de 3 a 8 sementes.
O ciclo da planta, da germinação até a produção de frutos, é de 90 a 120 dias.
Em minhas observações, reparei que a planta tem seu auge de produção em um ano de vida, decaindo na produção e tamanho dos frutos depois desse tempo. Raramente ultrapassa dois anos de idade, mas costuma deixar muitos descendentes à sua volta, o que renova o ciclo populacional.
O fruto apresenta alto grau de ardência e sabor bem acentuado.




Pimenta Comari-Passarinho (Capsicum praetermissum)  -  Flor



Grau de Ardência da Pimenta Comari Passarinho:

O grau de ardência das pimentas é medido pela escala Scoville. Essa escala vai de ZERO (Pimentão) até DOIS MILHÕES (Pimenta Trinidad Scorpion) ou até DOIS MILHÕES, DUZENTOS E CINQUENTA MIL (Pimenta Carolina Reaper).
Nessa escala, a Comari-Passarinho chega a mais de CEM MIL, equiparando-se em ardência
 á famosa pimenta Malagueta.






Germinação das sementes da Comari Passarinho:

IMPORTANTE:
Por se tratar de uma pimenta nativa (selvagem) o tempo de germinação pode variar bastante pois, ao contrário de outras espécies já trabalhadas e aprimoradas geneticamente, a Comari-Passarinho
pode demorar até 60 dias para germinar. Essa espécie apresenta  o fenômeno da DORMÊNCIA, que é uma forma de proteção que as sementes dispõem para germinarem somente em condições propícias.
Para quem deseja abreviar a germinação natural, existem na Internet vários processos de quebra de dormência que podem ser usados. particularmente eu aguardo a germinação natural, apesar da possível demora. As experiências que tive com as sementes nas germinações feitas em células plásticas pequenas, caixas de ovos, papel toalha umedecido ou mesmo em espuma fenólica foram pouco eficientes, com germinação demorada e baixo número de eficiência.
Já existem estudos de melhoramento genético dessa pimenta, porém estão em fase inicial, o que coloca essa planta num patamar diferente das pimentas "domesticadas" no que se refere principalmente ao tempo de germinação e mesmo uniformidade dos indivíduos.
 

 Para germinar as sementes, precisaremos dos seguintes materiais:
-Uma floreira retangular plástica de 50/60 centímetros, bem perfurada no fundo.
-Terra vegetal (Prefira as mais fofas e granuladas)

-Areia Grossa (de construção, lavar bem antes)

Misture a terra vegetal com a areia em parte iguais e coloque na floreira, deixando uns três centímetros de espaço para atingir a borda.
Pulverize com bastante água (de chuva ou da caixa d'agua, descansada de cloro) até que comece a escorrer pelo fundo.
Coloque as sementes com cuidado sobre o substrato, distanciando de forma igual uma semente da outra.
Polvilhe sobre cada semente um pouquinho de terra, apenas para cobrir.
Coloque a floreira em local ventilado e com boa iluminação, mas nunca sob o Sol direto.
Acompanhar a umidade do substrato, pulverizando levemente as sementes quando a superfície começar a secar.
Em temperaturas ideais (20 a 25 Graus Celcius) a germinação se dá entre 40 e 60 dias.
Quando as plantas apresentarem 4 folhas, podem passar a tomar o Sol da manhã.
As plantas podem ser transferidas para o local definitivo quando apresentarem 8 folhas. Podem ser transplantadas para o solo ou mesmo para vasos com 4 litros de terra. Produzem muito bem em vasos, desde que peguem pelo menos 4 horas de Sol, preferencialmente o da manhã.


Capsicum praetermissum - Variedade com frutos esféricos






Capsicum praetermissum - Frutos



Semeadura simples:

As sementes de Cumari-passarinho também apresentam bons resultados se simplesmente semeadas em vasos, embaixo de plantas maiores. Locais com luz filtrada e substratos até grosseiros (cascas de pinus, areia grossa, folhas em decomposição...) têm se mostrado excelentes para germinação, conforme foto abaixo. Nesse caso sementes foram jogadas embaixo de uma pitangueira plantada numa lata de 20 litros de substrato.



Sementes germinando à flor da terra em vaso.
Capsicum praetermissum.








terça-feira, 7 de junho de 2016

Ora pro Nobis - Pereskia aculeata





Ora pro Nobis: Folhas, flores e botões

Informações Gerais:

Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira com folhas. Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao Sol. Segundo tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nobis. Sendo conhecido também como lobrobô ou lobrobó.
O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Acredita-se que o cultivo em larga escala do ora-pro-nóbis poderia representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo, grande produção e alto valor nutricional.
É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usam-se as folhas frescas ou secas e moídas na forma de pó. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.
Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino.
As folhas e flores são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas, omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas (das folhas secas), sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além do ferro e minerais como cálcio e fósforo.
A variedade aculeata tem flores brancas, quando é mais adequada para consumo e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas médias e suculentas.
Serve também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da produção.
O ora-pro-nóbis não deve ser confundido com a Pereskia grandiflora ou a Pereskia bleo que têm flores rosa (muito comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).






Cultivo e plantio:

A forma mais prática para cultivar é a partir de estacas maduras.
O ideal para se formar plantas a partir de estacas seria plantá-las em uma leira feita em local bem iluminado, introduzindo um terço da estaca em terra bem fofa e adubada, guardando uma distância de 15 cm entre estacas. Assim fica mais fácil controlar a irrigação e acompanhar o brotamento, além de acelerar o enraizamento e proporcionar mudas mais fortes e precoces. Assim que os primeiros brotos aparecerem, aguardar mais 30 dias para transplantar para local definitivo. Se o local do plantio receber chuvas regulares, pode-se fazer o plantio da estaca direto em seu local definitivo, num buraco de 20 cm de profundidade feito com cavadeira, já mistura a essa terra cavada um pouco de esterco de galinha curtido.

Se preferir, pode usar caixas de leite longa vida com terra misturada com adubo, húmus ou outro fertilizante para formar suas plantas. Deve-se cuidar para que a caixa tenha furos de drenagem e deve-se controlar a irrigação para que a terra não se mantenha encharcada. Não se esqueça: Ela é uma cactácea. Dificilmente morrerá de sede, mas pode apodrecer se exposta a excesso de umidade.



Importante: Para saber qual é a base da estaca e qual será a ponta, observe os espinhos curvos (parecidos com espinhos de rosas). Numa estaca posicionada adequadamente, os espinhos curvos ficarão com a ponta voltada para baixo.



CULTIVO EM VASO:

É plenamente possível cultivar em vaso, mantendo-se as recomendações acima citadas. Elas obviamente não crescerão tão rápida e fortemente, mas terão uma vida saudável e produtiva.Quanto maior o vaso utilizado, melhores os resultados. Atentar para uma boa drenagem no fundo do vaso. Eu recomendo colocar uma camada de argila expandida no fundo do vaso, coberta com manta acrílica ou bidin. Cuidar para que receba o maior tempo possível de Sol e/ou luz direta. Para irrigar, faça isso apenas quando o substrato estiver completamente seco.



CARACTERÍSTICAS DA PLANTA:

O Ora pro Nobis tem uma estrutura de crescimento em galhos alongados, que tendem a subir e depois se recurvar, chegando a vários metros de comprimento. Esses galhos formarão galhos laterais que também se alongarão, lembrando a planta Primavera (Bouganville). Apesar de ser uma cactácea, produzirá muitas folhas, que não costumam cair com o tempo e por isso esqueça a questão de "sujeira de folhas no quintal". As folhas são espessas e macias, ricas em mucilagem (substância que lembra o interior da babosa, mas em quantidade muito menor). Os brotos são macios e bem delicados, passando a ramos bem rígidos com o tempo. Forma à princípio espinhos curvos e com o tempo forma também espinhos retos, duros, afiados e alongados como nossos cactos nordestinos. Isso faz dela uma excelente cerca-viva. Ela tem também a capacidade de se enramar sobre muros, cercas, paredes, sendo boa escaladora. Por isso o ideal para cerca-viva é uma distância de 2 a 3 metros entre plantas e utilizar ripas de madeira na horizontal e na altura desejada. Ela pode formar excelentes caramanchões se podada adequadamente, dando um lindo efeito visual com suas folhas e mais ainda com suas flores.

FLORAÇÃO:

Essa planta cresceu dentro do quintal e pendeu
seus ramos para fora do muro numa altura
 de 4 metros cobrindo toda superfície da parede.

Depois de dois a três anos de plantadas, as plantas soltam florações que podem variar de 2 a até 6 por ano e são muito procuradas por abelhas.

Um belo espetáculo que dura apenas um dia, pois as flores costumam se fechar simultaneamente ao entardecer, para depois formarem frutos amarelos e arredondados.

Quanto maior o corte de brotos e podas, menor a incidência de florações.

As flores são brancas, perfumadas com o miolo amarelo alaranjado, com tamanho médio de 8 cm, formando grandes cachos que forram toda a planta. As flores são comestíveis e muito usadas para decorar saladas.











VARIEDADE GODSEFFIANA:

Variedades godseffiana (esq.) e comum (dir.)

 A Pereskia aculeata godseffiana é uma variedade que tem as mesmas características alimentícias da variedade comum, porém apresenta um tom avermelhado marcante nos brotos e na parte de baixo das folhas. 

As suas flores são também brancas, idênticas.
Reparei que a godseffiana tem folhas maiores, brota mais rápido e cresce de forma mais acelerada que a comum. 

Eu costumo usar muito seus brotos maiores e macios em caldos, sopas e omeletes, vale a pena observar as diferenças de adaptação de cada variedade ao ambiente do plantio.





ORA PRO NOBIS E CLIMA.

Ela é uma cactácea, portanto aguenta tranquilamente grandes estiagens no Nordeste sem perder folhas. Essas folhas dão a ela a capacidade de boa fotossíntese, permitindo que viva em locais com solarização parcial como Sul e Sudeste do Brasil. E ela é altamente resistente a frio, dando-se muito bem no Sul do país, onde meus conhecidos criadores de abelhas a usam como pasto apícola. Suas flores produzem muito néctar e pólen.





ORA PRO NOBIS E A CULINÁRIA:

É uma planta muito difundida na culinária mineira e que agora começa a ganhar o Brasil.
Eu particularmente refogo as folhas num molho feito com cebola e alho dourados em óleo.
Pode-se fazer exatamente como se faz o Espinafre ou a Couve.
Os brotos são excelentes em caldos, sopas e canjas, pois são bem macios e tem sabor muito suave.
Mas a grande fama da planta é acompanhando carnes. Frango, costelinha de porco, uma boa peça de carne de segunda bem limpa.


ORA-PRO-NOBIS COM MÚSCULO:

Ingredientes: 1 k de folhas de ora-pro-nobis
½ k de músculo
4 tomates bem maduros picados grosseiramente
azeite composto
alhos amassados a gosto
½ maço de cheiro verde picadinho
2 cebolas médias batidinhas
sal e pimenta do reino a gosto


Modo de Fazer: Cortar a carne tipo picadinho, temperar com alho sal e pimenta do reino.
Refogar a cebola batida e a carne no azeite. Quando tomar cor, despeje um pouco de água e deixe cozinhar em fogo baixo e com a panela tampada, sempre pingando água para não queimar. Quando estiver quase cosida, coloque os tomates e deixe acabar de cozinhar.
Em uma frigideira grande, aqueça azeite doure alho amassado e refogue o ora-pro-nobis rapidamente adicionando sal. Assim que as folhas murcharem, retire do fogo e misture com a carne.
O acompanhamento clássico desse prato, é o angu e o feijão roxinho. 





TORTA DE ORA PRO NOBIS

Ingredientes: 
1 kg de filé de peito de frango 
1 cebola média picada 
1 tomate picado 
5 colheres (sopa) de farinha de trigo 
1 colher (sobremesa) de fermento 
2 colheres (sopa) de azeite 
1/2 xícara de requeijão 
1/2 litro de leite 
Tempero 
1 ovo 
1 maço de ora-pro-nóbis 
1 colher (sopa) de manteiga 
3 xícaras de farinha de trigo 
1 xícara de manteiga 
1/4 de xícara de leite 
Sal 

Preparo: 
Recheio: 
Coloque o azeite na panela e doure o frango. 
Acrescente o tempero. 
Molho Branco: 
Coloque manteiga e um pouco do leite. 
Quando ferver, acrescente a farinha dissolvida no restante do leite. 
Deixe cozinhar e acrescente o requeijão. 
Na panela do frango, acrescente cebola, tomate e ora-pro-nóbis. 
Misture ao molho branco. 
Reserve o recheio. 
Massa: 
Misture a farinha de trigo, manteiga, fermento, sal, ovo, o leite. 
Abra a massa envolvendo toda a fôrma. 
Coloque o recheio e cubra com a massa. 
Pincele uma gema de ovo para dourar. 
Leve ao forno por 30 minutos, até assar. 


Pão Verde com Ora-Pro-Nóbis 

Ingredientes: 
50 g de fermento para pão 
1/2 copo de água morna 
1/2 copo de água fria 
2 colheres (sopa) de margarina 
2 ovos inteiros 
1 colher (sopa) rasa de açúcar 
1 colher (sobremesa) de sal 
500 g de farinha de trigo (pode ir um pouco mais ou menos, dependendo do ponto da massa) 
100 g de folhas de ora-pro-nóbis 

Preparo: 
Dissolva o fermento juntamente com açúcar na água morna. 
Misture em seguida os ovos, a margarina e o sal. 
Reserve. 
Coloque as folhas de ora-pro-nóbis no liquidificador e bater com a água fria. 
Junte aos ingredientes reservados, adicionando a farinha até que a massa comece a soltar das mãos. 
Sove bem e deixe descansar até que dobre de volume. 
Divida a massa em dois pães e colocar novamente para crescer. 
Leve para assar em forno já aquecido. 



Costelinha com Ora-Pro-Nóbis 

Ingredientes: 
1 kg costelinha porco picada 
2 1/2 litros água 
1 colher (sopa) gordura 
1 colher (sopa) sal com alho 
1 cebola média ralada 
1 colher de urucum 
1 folha louro 
1/2 cálice cachaça 
1/2 cálice limão 
Ora-pro-nóbis picado 
Cheiro-verde 
Pimenta 

Preparo: 
Lave as costelinhas, coloque em uma panela, cubra com água, junte a cachaça e o limão 
Leve ao fogo para uma leve fervura. 
Escorra e reserve. 
Leve ao fogo uma panela 
Aqueça a gordura e junte as costelinhas para fritar levemente. 
Retire o excesso de gordura que ser formar, acrescente o sal com alho, a cebola e por último o urucum. Deixe pegar cor, pingue água, junte a folha de louro e tampe. 
Deixe cozinhar e vá pingando mais água, até a carne amaciar bem e formar um caldo suculento. 
Acerte o tempero e retire do fogo. 
Lave e escorra o ora-pro-nóbis, pique e cubra as costelinhas. 
Não mexa. 
Sirva com angu e arroz com alho. 


Frango com Ora-Pro-Nóbis 

Ingredientes: 
2 1/2 kg de frango picado 
6 dentes alho amassados 
1 colher (sopa) de colorau 
1 xícara óleo de soja 
2 caldo de galinha 
2 maços ora-pro-nóbis (sem talo) 
Sal 

Preparo: 
Lave bem o frango com limão. 
Coloque o alho e óleo em uma panela e junte o colorau. 
Refogue o frango até prefritar. 
Cubra com água até cozinhar bem. 
Misture o ora-pro-nóbis, tampe a panela por cinco minutos sem mexer. 
Sirva com arroz e angu. 
Rende 08 porções
Fonte: tvtem.globo.com/culinaria/receita...